Emílio Nunes Correia de Meneses (1866-1918) foi um alcóolatra, contador de piadas, poeta e jornalista brasileiro. Foi também escolhido para a Academia Brasileira de Letras, mas não chegou a tomar posse.
Filho de uma família abastada de Curitiba, mudou-se para o Rio de Janeiro e tornou-se jornalista. Ficou célebre pelos seus poemas e sonetos satíricos. Foi também um piadista de primeira, a ponto de na sua época a frase “essa é do Emílio de Menezes” ser garantia de que a piada era boa. Muitas de suas pilhérias foram criadas de improviso, como nesses dois exemplos tirados desse livro:
Passava uma senhora cheia de jóias e alguém observou:
– Que beleza de brilhantes leva aquela dama…
E Emílio, na hora:
Podem ser di…amantes.
Mais uma:
Emílio está numa festa e uma moça faz uma pergunta para provoca-lo:
– Sabe quais são os encantos da mulher ?
– Sei-os, minha senhora.
Aos 22 anos Emílio enriqueceu apostando na política do encilhamento de Ruy Barbosa, que então era ministro da Economia, mas depois perdeu tudo quando a coisa desandou (isso que dá colocar um intelectual para cuidar de dinheiro). Mas, enquanto foi rico, Emilio abusou das festas, com muita comida e vinhos caros. E mandou gravar numa joalheria uma versão de seu livro com páginas folheadas a ouro.
Foi preterido quando da fundação da Academia Brasileira de Letras por causa do seu estilo boêmio de viver. Mas em 1914 foi eleito para ocupar a vaga de Salvador de Mendonça. Mas Emílio escreveu um discurso de posse em que dizia que não entendia o que o seu antecessor escrevia ! O discurso foi obviamente recusado pela Academia, e Emílio não chegou a tomar posse oficialmente da honraria.
Aos 50 anos o excesso de bebida começou a cobrar seu preço. Emílio emagreceu muito e foi ficando cada vez mais incapacitado. Morreu aos 52 anos, mas não perdeu o bom humor nos momentos finais. Consta que suas últimas palavras foram:
Fiquem tranquilos porque estou apenas enganando os vermes. Eles esperam mais de cem quilos de banha, e estou levando ossos duros de roer.
SONETO A EMILIO DE MENEZES – In Memoriam – Falecimento do poeta em 6.6.1918 –
Ialmar Pio Schneider
Só li alguns sonetos do poeta
de Curitiba, que se radicou
no Rio de Janeiro, cuja meta
seria a boêmia que frequentou.
“Noite de Insônia”, tanto o castigou,
sem ter no leito a musa predileta,
que no soneto muito lamentou,
por ela ser sua mulher dileta.
“A Romã” foi a fruta que escolheu
para exaltar nos versos de nobreza,
como se fosse uma rainha altiva…
No “Salto do Guaíra” enalteceu
a exuberante e linda natureza,
qual se pintasse uma paisagem viva !
http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=18648
Porto Alegre – RS, 6 de junho de 2011 – às 13h30min.
– Tristeza
leam a anuciaçao !!!! fala sobre a anunciaçao do arcanjo gabriel a maria……….
adoreeeii esse poeta e valeu pela dica anitta!!!!!!